domingo, 31 de julho de 2011

A Crise do Desejo: Amy Winehouse.

                                                                                              Ubiracy de Souza Braga*
                          O amor está fora da moda nos meios intelectuais” (Roland Barthes, 1995: 318).
              Por volta de 2006, as rádios do mundo começaram a tocar exaustivamente as músicas da cantora Amy Jade Winehouse que apresentava uma voz forte, letras intrigantes e uma mistura de blues e soul music de qualidade que há tempos não se ouvia desde os idos de Janis Joplin à la Eric Clapton, por exemplo. Em termos fashion Karl Largerfeld inspirou-se nela para a coleção pré-inverno 2009 da Chanel. A cantora ganhou o mundo ocidental com sua música que, em sua completude estética e artística, com vestidos “retrôs” que deixavam parte da langerie a mostra, cintos enormes e sapatilha de ballet, mas não só interpretava, o que não é pouco, como também compunha letras com uma impressionante capacidade vocal e estilo eternizado que veiculam “atitudes anti-intelectuais”. Foi assim que a cantora britânica virou referência na moda.
            Sim, a moda é um lugar de observação privilegiado para ver “funcionar o social” (cf. Lipovetsky, 1989). É apaixonante e cruel, porque descobrem-se coisas que estão na moda em um ano e, no ano seguinte, têm de se renovar para alcançarem uma nova moda. Por outro lado, a moda não é favorável ao mito, porque é demasiado rápida. O mito precisa se instalar, adquirir peso, criar tradições, por isso Amy Winehouse virou mito, já que não vivemos a aceleração da história, mas a aceleração da “pequena história”. É, portanto, precisamente com a crise do desejo que podemos encontrar mitos, porque é fixo, imóvel, agressivo, como fora o mito de esquerda, os ecos da ecologia para salvar a nossa casa, o planeta Terra, a questão tópica do aborto, ou as lutas contra o racismo. O mal-estar e a crise da civilização de que falava Freud, é talvez uma crise do desejo.
            O fenômeno histórico que aparenta revelar-se desse modo, há cinquenta anos, é o problema da “gregaridade” – é uma palavra nietzschiana. Os marginais multiplicam-se, reunem-se, tornam-se rebanhos, pequenos é certo, ou rebanhos de qualquer maneira. ParaRoland Barthes (1971; 1972; 1995) “a história atual é o desvio em direção à gregaridade: os regionalismos, por exemplo, são pequenas gregaridades que tentam reconstituir-se. Acredito agora que a única marginalidade verdadeiramente consequente é o individualismo. Mas há que se retomar esta noção de uma forma nova” (cf. Barthes, 1995: 395-396).   
Em “You Know I`m No Good”, Amy Winehouse, diz repetidas vezes:Eu disse que era problema / Você sabe que eu não sou boa” (“I told you I was trouble/You know that I'm no good”). “Yeah, você sabe que eu não sou boa”. E seguindo a trilha aberta por Barthes há precisamente nestes “fragmentos do discurso amoroso”, de um discurso amoroso, uma figura que tem um nome grego, o adjetivo que se aplica a Sócrates. Diz Nietzsche, que uma chave para compreender o ser de Sócrates nos é oferecida pelo estranho fenômeno chamado “demônio de Sócrates”. Melhor dizendo,

em certas circunstâncias, quando a extraordinária lucidez de sua inteligência parecia abandoná-lo, uma voz divina se fazia ouvir e lhe prestava nova segurança. Quando fala, essa voz sempre dissuade. Nessa natureza totalmente anormal, a sabedoria instintiva só intervém para entravar, combater o entendimento consciente. Enquanto que, em todos os criadores, o instinto é precisamente a força positiva, criadora e a razão consciente é uma função crítica, desencorajadora, em Sócrates, o instinto se revela crítico e a razão é criadora – verdadeira monstruosidade per defectum. E, com efeito, constatamos aqui verificamos um monstruoso defeito de toda disposição natural ao misticismo, de modo que Sócrates poderia ser considerado como o não-místico específico no qual, em virtude de uma particular estupefação, o espírito lógico se teria desenvolvido de uma forma tão desmesurada como é, no místico, a sabedoria instintiva” (cf. Nietzsche, Die Geburt der Tragodie oder Griechentum und Pessimismus, grifado no original).

Dizia-se ainda que Sócrates (cf. Platão, 1999) era atopos, quer dizer “sem lugar”, inclassificável. É um adjetivo que relacionamos, sobretudo ao objeto amado, tanto mais que, enquanto sujeito apaixonado simulado no livro, não saberia me reconhecer como atopos mas, ao contrário, como uma pessoa banal cujo dossiê é bastante conhecido. Ou seja,

sem tomar partido quanto ao fato de ser inclassificável, devo reconhecer que sempre trabalhei por repentes, por fases, e que há uma espécie de motor, que expliquei um pouco em R. B., que é o paradoxo. Quando um conjunto de posições parecem reificar-se, constituir uma situação social pouco precisa, então efetivamente, por mim mesmo sem o pensar, sinto o desejo de ir em outra direção. E é nisso que eu poderia me reconhecer como um intelectual; a função do intelectual sendo ir sempre em outra direção quando ´as coisas pegam`” (Barthes, 1995: 307-308). 

Há pouco mais de um século Sigmund Freud (1972; 1996) desandou de vez o caldo ao descobrir o inconsciente e, com isso, afirmar que não somos exatamente aquilo que pensamos. Com o espelho do Narciso arranhado, tomou-se consciência de que tudo poderia ser motivo de dúvida. Na insegurança e desorientação das massas, o capitalismo globalizado fez sua mágica. Além do coelho, tirou da cartola casas, carros, videogames, roupas e tudo o mais para nos desviar o foco das angústias. Porém, isso tudo não passa de uma forma de abstração. Quando alguém fala que está em crise existencial, precisa descobrir qual o seu motivo, pois não há um sintoma nomeado como “crise existencial”, existe sim castrações de desejo no sujeito que o angustiam.
Ipso facto, muitas pessoas sentem dificuldade ao tentar definir a razão de estarem insatisfeitas com a vida. O importante é entender que a crise existencial diz respeito à defesa do sujeito contra seu próprio desejo. Em resumo, entre solidão, aceitação sexual e problema familiar, a crise existencial nada mais é que um diálogo interno, sua autocrítica em comparação e relação a si mesmo e ao outro, pois na medida em que esse sujeito está de algum modo deserdado, esmagado pelas duas grandes estruturas psíquicas que mais retiveram a atenção da modernidade, a saber, a neurose e a psicose, o sujeito imaginário é um parente pobre dessas estruturas porque nunca é nem inteiramente psicótico, nem inteiramente neurótico, como ocorreu com o psicopata islamofóbico e autor do duplo atentado nestes dias na Noruega, Anders Behring Breivik, 32, que qualificou seu ato de “cruel, mas necessário” (cf. Braga, 2011).
Amy Jade Winehouse (1983-2011) fora uma cantora e compositora britânica. Ingressou na carreira musical em 2003, lançando seu primeiro single, Stronger Than Me. A canção alcançou a 71ª posição na UK Singles Chart. O single foi produzido para promover seu primeiro álbum de estúdio, Frank, lançado em 20 de outubro de 2003. Seu segundo single, Take the Box, foi lançado em 12 de janeiro de 2004 e alcançou boas posições nas tabelas musicais, assim como In My Bed, terceiro single da cantora. Meses depois, lançou seu quarto single, intitulado You Sent Me Flying, ficando em 60º lugar na UK Singles Chart. Para assim terminar seus trabalhos com o álbum Frank, Winehouse lançou mais dois singles: Pumps e Help Yourself. Ambos debutaram a 65ª posição na UK SinglesChart.

Amy Winehouse em um Festival de música na França

Após idas e boas-vindas na carreira, Amy lançou seu segundo álbum de estúdio, intitulado Back to Black. O álbum foi lançado em 6 de outubro de 2006, ficando em 2º lugar na especializada revista Billboard (que comprávamos ali na rua Barata Ribeiro em Copacabana) e em 1º na UK Albums Chart. Em 2008, Amy enfrentou sérios problemas com a saúde e a polícia. Foi vista em um vídeo, no site do jornal sensacionalista britânico The Sun, usando crack, em janeiro de 2008, e três dias depois “foi internada numa clínica onde ficou vigiada vinte e quatro horas por dia”. Também em 2008, foi presa duas vezes por agressão e dirigir bêbada. Em 2009, se separou de Blake, iniciando um romance com o diretor Reg Traviss. E, em 2010, Winehouse voltou ao tratamento clínico e se afastou temporariamente da música. Aproximadamente onze meses depois, em 23 de julho de 2011, Winehouse foi encontrada morta em sua casa em Londres, Inglaterra. A cerimônia fúnebre aconteceu no dia 26 de julho de 2011, uma terça-feira, em Londres, seguindo os preceitos da religião judaica. O corpo de Amy foi cremado.
A autópsia do corpo de Amy Winehouse foi inconclusiva e a polícia espera o resultado de novos exames toxicológicos para determinar a causa da morte, mas a família da cantora já possui uma teoria para a tragédia: “Amy morreu porque largou a bebida”. Segundo o tabloide britânico The Sun, uma fonte próxima da família disse que Amy ignorou a recomendação de seu médico para que largasse a bebida aos poucos. Uma amante se larga aos poucos, não uma bebida. A abstinência teria causado efeitos nocivos no corpo frágil da cantora de 1,59 metros de altura. Seu pai, Mitch Winehouse, revelou na terça-feira (26), após o funeral no norte de Londres, que Amy estava há três semanas sem beber. “Pai, não estou aguentando, não quero mais encarar você e todos da família deste jeito”, teria dito a cantora sobre sua intenção de largar o vício. Segundo o jornal britânico Daily Telegraph, na noite de sexta-feira (22) o médico de Amy Winehouse visitou a casa da cantora e saiu “sem preocupações com o estado de saúde dela”. A polícia de Londres também revelou que nenhuma droga foi encontrada na casa, só aparelhos domésticos, televisão, jornais e revistas britânicas. Winehouse passava por acompanhamento médico devido a seu conhecido vício em entorpecentes.
No dia 30 de maio de 2008, Amy Winehouse deu o seu primeiro concerto em Portugal, no Rock in Rio Lisboa. Aparentemente, Amy entrou em palco bêbada, apresentou-se com um hematoma no pescoço e uma ligadura na mão que a impedia de segurar o microfone. Encontrava-se rouca, pelo que o concerto deixou um pouco a desejar. Esse concerto foi motivo de notícia nos mais diversos meios de comunicação. A cantora inglesa pediu desculpas pelo seu atraso de 40 minutos (o que fez com que o alinhamento fosse encurtado para não atrasar o espetáculo de Lenny Kravitz) e ainda admitiu que “deveria ter cancelado o concerto devido ao mau estado da sua voz”.
Nesse mesmo concerto, Amy quase chorou quando cantou Love is a losing game e depois disse que recentemente tinha completado um ano de casamento com o seu então marido, Blake, que iria sair da prisão dentro de semanas. No seu grande e singular cabelo, Amy tinha “um coração com o nome dele”. Durante a música Wake Up Alone, a cantora quase caiu. A sua presença naquele concerto era uma incógnita até o momento em que aparecesse em palco e o “fato de ter aparecido já foi um ponto positivo para muitos fãs e para um recinto de quase 100 mil pessoas completamente esgotado”. Tony Blair se masturbaria se algum dia tivesse um público desses como político (cf. Braga, 2011). Acompanhada de seis músicos e dois vocalistas, Amy Winehouse demorou 50 minutos para interpretar pouco mais de dez temas retirados dos seus dois álbuns, Frank, Back to Black, mas não na sequência anteriormente prevista.
Semanas antes desse concerto, Amy foi presa duas vezes e foi vista cheia de arranhões. Na última audiência do ex-marido, Amy exaltou-se no tribunal e foi expulsa do edifício, pois não parava de gritar dentro da sala. Várias fotografias de Amy com Blake foram parar na rede mundial de computadores - Internet. Numa dessas, com a sua irreverência, “ela aparece em poses sensuais, com o seu seio exposto e com comprimidos na língua”. Também apareceram dois vídeos: um em que Amy canta uma música racista e outro em que ela está com Pete Doherty, brincando com ratinhos recém-nascidos. Depois ela gentilmente pediu desculpas pelo vídeo em que canta a música racista.
Amy Winehouse passou algum tempo num hospital, internada pelo pai, depois de ter desmaiado em casa quando ia dar autógrafos a fãs que a esperavam à porta de sua casa. Os médicos fizeram testes de tuberculose, que deram negativo, e disseram que Amy estava com sinais de algo que podia levar a um enfisema pulmonar. Foi feito um ultimato à cantora: “se não deixasse as drogas, ela iria perder a voz e morrer rapidamente”. Amy foi liberada para sair do hospital na última semana de junho para ensaiar, pois iria fazer shows que já estavam marcados antes da internação. Tudo isso seria feito com acompanhamento médico e depois dos shows ela retornaria ao hospital para continuar seu tratamento. Amy Winehouse, logo depois de sair do hospital para ir ensaiar, já foi encontrada fumando e comprando whisky, vodka e figurinhas do Euro 2008 para o ex-marido, com quem teria reatado.
No dia 29 de maio, a cantora inglesa apresentou-se no Festival de Glastonbury, onde cantou durante uma hora. Dessa vez, a cantora aproximou-se muito dos fãs, quando um deles jogou um objeto que bateu em sua cabeça, o que fez com que Amy tivesse uma reação agressiva, tentando dar socos no fã. Amy Winehouse há pouco tempo sofreu uma overdose e alguns especialistas disseram que ela estaria pesando 45 quilos, o que não seria normal para uma pessoa que pesava 50 kg em sua perfeita forma física e mental. Surpreendeu a muitos ao declarar que sonhava em ter filhos e ser feliz em um lugar que, segundo ela, estaria longe do cotidiano em que vivia. Um detalhe chamou muito a atenção na morte de Amy Winehouse - a cantora tinha 27 anos. A mesma idade com que morreram Jimi Hendrix, Janis Joplin, Jim Morrison e Kurt Cobain. Todos eles grandes ídolos da música, pois a arte é universal como ficara claro com os eventos de Woodstock - Tree Days.
Lembra-nos Coutinho (2011) que “morreu Amy Winehouse e os moralistas de serviço já começaram a aparecer. Como abutres que são”. Não há artigo, reportagem ou mero obituário que não fale de Winehouse com condescendência e piedade. Alguns, com tom professoral, falam dos riscos do álcool e da droga e dão o salto lógico, ou ilógico, para certas políticas públicas. Amy Winehouse é, consoante o gosto, um argumento a favor da criminalização das drogas; ou, então, um argumento a favor de uma legalização controlada, com o drogado a ser visto como doente e encaminhado para a clínica respetiva. Para ele, o sermão é hipócrita e, além disso, abusivo.
Começa por ser hipócrita porque este tom de lamentação e responsabilidade não existia quando Amy Winehouse estava viva e, digamos, ativa. Pelo contrário: quanto mais decadente, melhor; quanto mais drogada, melhor; quanto mais alcoolizada, melhor. Não havia jornal ou televisão que, confrontado com as imagens conhecidas de Winehouse em versão zoombie, não derramasse admiração pela ‘rebeldia’ de Amy, disposta a viver até o limite. Amy não era, como se lê agora, “uma pobre alma afogada em drogas e bebida”. Era alguém que criava as suas próprias regras, mostrando o dedo, ou coisa pior, para as decadentes instituições burguesas que a tentavam “civilizar”. E quando o pai da cantora veio a público implorar para que parassem de comprar os seus discos – raciocínio do homem: era o excesso de dinheiro que alimentava o excesso de vícios – toda a gente riu e o circo seguiu em frente. Os moralistas de hoje são os mesmos que riram do moralista de ontem.
O que Coutinho critica é o tom é abusivo “porque questiono, sinceramente, se deve a sociedade impor limites à autodestruição de um ser humano. A pergunta é velha e John Stuart Mill, um dos grandes filósofos liberais do século 19, respondeu a ela de forma inultrapassável: se não há dano para terceiros, o indivíduo deve ser soberano nas suas ações e na consequência das suas ações. Bem dito. Mas não é preciso perder tempo com filosofias. Melhor ler as letras das canções de Amy Winehouse, onde está todo um programa: uma autodestruição consciente, que não tolera paternalismos de qualquer espécie”. E de forma concludente afirma: “Moralizar o cadáver de Amy Winehouse? Não contem comigo, abutres”.

Bibliografia geral consultada

LIPOVETSKY, Gilles, O Império do Efêmero. A moda e seu destino nas sociedades modernas. Rio de Janeiro: Companhia das Letras, 1989; BARTHES, Roland, O grau zero da escritura. São Paulo, Cultrix, 1971; Idem, Mitologias. São Paulo: Difusão Europeia do Livro, 1972; Idem, O grão da voz. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1995; FREUD, Sigmund, Obras Completas. Madrid: Editorial Biblioteca Neuva, 1972, 3 Volumes; Idem, Obras psicológicas completas. Rio de Janeiro: Ed. Standard; Imago, 1996; BRAGA, Ubiracy de Souza, “O Modelo Wittgenstein de Verdade Apodítica. Linguagem Ideal ‘versus’ Linguagem Ordinária”. In: Revista Políticas Públicas e Sociedade. Fortaleza. Ano I. n˚ 1, março de 2003; Idem, “Guerra de Sangue” em Oslo, contra imigrantes e marxistas. Disponível em: http://www.oreconcavo.com.br/2011/07/26; DERRIDA, Jacques, A escritura e a diferença. São Paulo: Perspectiva, 1971; Idem, Positions. Paris: Éditions de Minuit, 1972a; Idem, Dissémination. Paris: Éditions du Seuil, 1972b; DERRIDA, Jacques e FOUCAULT, Michel, Três Tempos sobre a História da Loucura. Rio de Janeiro: Relume Dumará, 2001; PLATÃO, Fedro. 275-c a 276-d e Carta VI, 344-c. d.; Idem, Obras Completas. Madrid: Aguillar, 1977; Idem, Apologias a Sócrates. São Paulo: Martin Claret, 1999; NIETZSCHE, Friedrich, Vontade de Potência. Parte 1. São Paulo: Editora Escala, s.d; Idem, Vontade de Potência. Parte 2. São Paulo: Editora Escala, s.d; Idem, A Filosofia na Época trágica dos Gregos. São Paulo: Abril Cultural, 1974. (Obras Incompletas; Os Pensadores); Idem, Sabedoria para depois de amanhã. São Paulo: Martins Fontes, 2005; Idem, A Vontade de Poder. Rio de Janeiro: Contraponto, 2008; FOUCAULT, Michel, Arqueologia do Saber. Petrópolis (RJ): Vozes, 1971; Idem, El Orden del Discurso. Barcelona: Tusquets, 1973; Idem, “Genealogia e Poder”. In: Microfísica do Poder. 4ª edição. Rio de Janeiro: Graal, 1984, entre outros. 

*Sociólogo (UFF), cientista político (UFRJ), doutor em ciências junto à Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA/USP). Professor Associado da Coordenação do curso de Ciências Sociais da Universidade Estadual do Ceará (UECE). 

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